Me ilho
Em seus olhos
Que seriam azuis
Mas sereiam cinzas

Só céus em mares

Flutuo pelas bordas
De mini icebergs
De mim
 No meu silencio reticente,
conspiram sons consoantes
nao me conto nao te rimo.

Conjugo vírgulas,
encandeio pontos
e
tranco as palavras
entre:
nada
e nada

faco breu
num disperso
         infinitivo
          bege
nada
all the poems gone
let
letter
by
letter
drop

letter by letter
let
drop

one by one
ever
y letter
g
  o
    n
      e

A Vladmir Mayakowsky com carinho

Volodya, volodya,
a cloud in your trousers
i could have been
in nineteen fifteen.

At the top of your beauty
twenty-two
more delirious than malaria
you would break me into

But perhaps
your toothless smile
would take me a while
Eight, nine, ten
and then your
eternally yours!

Chovia muito no mar de almirante.

Rajada nenhuma e água pelas canelas

Da chuva escorrida no rosto

Apenas um sonho:

O amor como o dos marinheiros.

Recitou Neruda aos berros e foi nadar.

as palavras em silêncio
eu,
pálida de azul.



e o vermelho notourno,
rasberry words
no asfalto


quem??

seus beijos demoram sua língua na minha

não,

não,

meu amor,

não

te peço:

não te prolongues.

abandona minha língua

se das outras são seus versos

de que me serve sua boca de delongas?

i wind straight across the atlantic i cloud my sea to rain your absence way let me blow thee wind

A Baía pútrida-plástico remontando-se no bloco de pedra, nas velas brancas de optimist que ventam lentas contra mim; e os gatos todos rotos lambendo-se à sua beira. Do outro lado a Urca fluida. Todos os seus buracos que não vejo daqui desalentam o correr frenético dos carros. Um homem da Baixada foi nadar lá e saltou das pedras. Estilhaçou a cabeça até a morte na ferrugem de um fogão abandonado.

o outono codifica outono em rosas e lilases

o marrom do pão de açúcar

flutua objetivamente crônico

desisto

vento até o sol de andorinhas

arruaça na baía da guanabara.